24 Oct
Entrevista com Márcio Mossoró (Ex-jogador do Braga)

Qual foi sua trajetória até chegar ao Braga?

Eu me profissionalizei em 2003 pelo Paulista de Jundiaí e fiquei lá até 2005, quando ganhamos a Copa do Brasil. Depois do Paulista eu fui para o Internacional, fiquei dois anos lá e em 2007 eu me transferi primeiro para o Marítimo, da Ilha da Madeira e disputei uma temporada pelo Marítimo e depois o Braga foi lá e me comprou, então eu cheguei no Braga em julho de 2008 e fiquei até 2013.

Qual o jogo mais marcante pelo Braga?

Além da estreia na Liga dos Campeões contra o Arsenal apesar do resultado ter sido negativo foi uma estreia nossa na Liga dos Campeões e também quando joguei como titular, eu lembro perfeitamente do jogo em Belgrado, contra o Partizan. Mas tem um memorável jogo também, contra o Porto são dois jogos que marcam bastante, um negativo que foi um título que a gente perdeu da Liga Europa, e o outro positivo que a gente ganhou, da Taça da Liga em 2013.

Como foi a adaptação no clube?

No primeiro ano ela não foi muito boa, eu fiz poucos jogos assim que eu chego, o Braga estava montando um elenco muito forte, foram mais de 16 contratações. Na altura o treinador era o Jorge Jesus e teve todas essas mudanças então eu joguei pouco, já no segundo ano foi bem melhor para mim e depois do segundo ano em diante eu deslanchei e fiz as minhas melhores temporadas.

Quais foram os principais desafios encarados?

Era um clube que vinha de uma mudança, mudando jogadores, então o desafio era colocar o Braga em outro patamar e eu sabia disso, porque na época eu fui o jogador mais caro e a adaptação na cidade foi muito boa, tanto eu quanto minha família nos sentimos muito bem. Um lugar onde a cidade nos acatou de braços abertos, foi muito legal.

Quais são suas melhores lembranças do seu período em Braga?

Eu tenho as melhores lembranças possíveis, lembro de jogos na Pedreira onde a gente tinha uma faixa de três mil a cinco mil adeptos por jogos e com o passar dos anos a casa foi enchendo, hoje Braga tem uma renda mínima de 15 mil a 20 mil adeptos, então a cidade também entendeu o processo, entendeu essa mudança do clube e começou a se envolver. Quando a gente saia na rua, o pessoal pedia para tirar foto, um pessoal muito carinhoso e atencioso, além do centro de treinamento, tenho saudade de entrar ali pela manhã quando a gente se apresentava. Então eu tenho as melhores lembranças possíveis, tanto da cidade quanto do clube, é como se eu estivesse em casa.

Como era a pressão de jogar grandes competições?

Pelo contrário, eu acho que nem existia essa pressão. Era muito satisfatório pra gente até porque naquele momento o Braga estava começando a participar de competições europeias, participava antes sim, mas era uma vez e outra. Depois ficou mesmo todos os anos, os cinco anos que estive em Braga ou era Liga Europa ou era Liga dos Campeões. Então a gente não tinha essa pressão, a gente se sentia tão bem que a gente chegou em uma final de Liga Europa, era algo que a gente conseguia desfrutar.

Durante sua passagem pelo Braga, qual adversário era mais difícil de defrontar?

Eu achava sempre o Porto, nessa época era complicado jogar contra eles. Era um time muito forte fisicamente e quando jogava na casa deles o jogo ficava muito mais complicado e nos anos que eu estive lá foi uma das equipes que eu tinha mais dificuldade de jogar.

Qual foi seu golo mais importante pelo Braga?

Eu fiz alguns gols, mas destaco dois que foram muito importantes. Um contra o Benfica, jogando no nosso estádio e nós ganhamos de 2-1. E tem um outro que ficou marcado pra mim que foi marcar na Liga dos Campeões, contra o Galatasaray, nós perdemos o jogo, mas eu deixei minha marca.

Mossoró celebra golo marcado (foto: Correio do Minho)
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